Violência e assédio na invasão da PM nos Acampamentos Pátria Livre e Zequinha, em MG

O clima é de terror e as pessoas têm circulado pela área em grupos com medo de uma abordagem violenta
Mesmo diante da situação, todos e todas seguem firmes, ocupando o território

Da Página do MST

Desde a última terça-feira, 17 de dezembro, o Acampamento Pátria Livre e o Acampamento Zequinha, ambos localizados em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram invadidos por viaturas da Polícia Militar que, sem nenhum mandado, montaram um cerco para intimidar as famílias.

O clima é de terror e as pessoas têm circulado pela área em grupos com medo de uma abordagem violenta.

Durante uma ronda feita pela polícia, as mulheres do acampamento foram verbalmente assediadas.

Os policias proferiram comentários degradantes na tentativa de humilhá-las e acoá-las. Na mesma noite, a PM violou a portaria do acampamento Pátria Livre para tentar arrancar a bandeira do MST.

Mesmo diante da situação, todos e todas seguem firmes, ocupando o território, plantando e trabalhando na terra, como fazem todos os dias.

A Polícia Militar afirma que a ação não tem relação com a vistoria do Juiz Walter Zwicker Esbaille Junior, marcada para o dia dia 21 de janeiro.

A Audiência de Conciliação, no dia 23 de janeiro, no Fórum Lafayette, é a única intimação jurídica da área.

O MST de Minas Gerais não vai abrir mão da sua decisão de lutar pela democratização da terra e pela soberania brasileira sobre seu território e seus bens naturais. A justiça na terra se faz com Reforma Agrária.