MST doa 2 toneladas de alimentos em Santa Catarina

Ato integra as ações que o MST em Santa Catarina vem realizando para dialogar com a sociedade sobre o Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular

“é mais uma prova que a reforma agrária no Brasil dá certo” Fotos: Contraponto SBS e MST/SC

Por Coletivo de Comunicação MST/SC
Da Página do MST

Durante ato de solidariedade realizado na última sexta-feira (26), foram entregues por famílias Sem Terra uma grande variedade de frutas, verduras, grãos e produtos de limpeza para 75 famílias. A ação foi realizada na ocupação urbana Alto da Glória, e no bairro Vila Nova e Industrial Sul, localizados respectivamente nos municípios de São Bento do Sul e Rio Negrinho/SC. O ato integra as ações que o MST em Santa Catarina vem realizando para dialogar com a sociedade sobre o Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular.

Fotos: Contraponto SBS e MST/SC

As doações vieram de oito assentamentos localizados nos municípios de Mafra, Rio Negrinho e Santa Terezinha, organizadas em conjunto com a Cooperativa Regional de Industrialização e Comercialização Dolcimar Luiz Brunetto (Cooperdotchi). Lucídio Ravanello, da direção estadual do MST em SC, reforça que as doações se somam ao cerca 2.300 toneladas que o MST doou no Brasil desde o início da pandemia, evidenciando “que a função da reforma agrária é produzir alimentos saudáveis para alimentar o povo brasileiro”.

Além dos alimentos, foram entregues materiais de limpeza, produzidos por um grupo de mulheres do assentamento Herança do Contestado, localizado em Mafra. Carmelinda Vicência Caris, falou sobre o trabalho realizado. “Fizemos com muito amor e carinho esse sabão, que é bom para lavar as mãos no combate ao vírus, a louça, a roupa, para toda limpeza e higiene. Esse é o fruto da nossa luta, da nossa organização pela vida digna”. Ela também reforçou a importância da solidariedade. “Somos gratos por hoje poder ajudar, lembrando de que nós também fomos ajudados por muitos”.

Além dos alimentos, foram entregues materiais de limpeza, produzidos por um grupo de mulheres do assentamento Herança do Contestado. Fotos: Contraponto SBS e MST/SC

Manoel Antonio Roque, da direção do MST, denuncia que “muitas das famílias que estão recebendo alimentos vivem sem luz, sem água e não receberam o auxílio emergencial”.

Representando as famílias da ocupação urbana Alto da Glória, Jovenal Gonçalves afirma que “trazer alimentos aqui pro Alto da Glória, pra nós, é um gesto enorme. Quero agradecer de coração os companheiros dos assentamentos do MST que estão sendo solidários. O trabalho deles pra ter o sustento lá na roça é também o sustendo pro povo na cidade”.

Valdomiro Hackbart, da Associação de Moradores Vila Nova e Industrial Sul, complementa “é mais uma prova que a reforma agrária no Brasil dá certo”.

*Editado por Fernanda Alcântara