“Precisaremos de muita luta e unidade para abrir um novo período de democracia”
Da Página do MST
Divulgada nesta sexta-feira (31), a Carta ao Povo Brasileiro da Frente Brasil Popular aponta a construção de unidade em torno da candidatura e campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus vices, Manuela d’Ávilla e Fernando Haddad, como ferramenta capaz de erguer o país.
A Frente, que é composta por diversos movimentos e organizações populares da esquerda brasileira, reforça que é central fortalecer a luta contra o golpe em curso no país e por outra política econômica para retomar a democracia e garantir direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras.
“A disputa eleitoral, mesmo com a diversidade de candidaturas, está polarizada entre dois projetos antagônicos. Um de continuidade das políticas do golpe no qual o povo é o problema e deve pagar a conta da crise e outro que prima pelo desenvolvimento nacional, fundado na democracia, na soberania e na valorização do trabalho”, pontua o documento.
Nesse sentido, destaca que as Eleições 2018 é um momento decisivo na luta de classes. “É por isso que, a partir de agora, nós levantaremos a bandeira de Lula, Haddad e Manu e eles levarão a nossa bandeira em cada canto do país”.
Leia na íntegra a Carta ao Povo Brasileiro:
Carta ao Povo Brasileiro da Frente Brasil Popular
Mais uma vez nos encontramos diante de uma encruzilhada histórica. As eleições de 2018 são uma batalha fundamental na luta que travamos desde 2015 em defesa da democracia, dos direitos e da soberania.
A Frente Brasil Popular é o produto da unidade política das forças populares na luta contra o golpe e por outra política econômica. Portanto, nesse momento em que o golpe e seus protagonistas são postos à prova do voto popular não podemos deixar de manifestar ao povo brasileiro nossa opinião.
O golpe no Brasil é parte de uma ofensiva internacional do capitalismo neoliberal, diante de um cenário de crise econômica internacional de longa duração. No Brasil, o impeachment da Presidenta Dilma, sem crime e sem provas, foi a forma mais rápida de derrubarem um governo legítimo, que promovia a inclusão social e a redução das desigualdades e colocar no lugar um projeto de retrocesso político e social, sem respaldo popular.
Os representantes das classes dominantes no parlamento, no judiciário, na mídia liderada pela Rede Globo e aqueles que vivem da especulação financeira são os patrocinadores e protagonistas desse golpe. É por isso que o maior líder popular brasileiro hoje é um preso político. Enclausuravam Lula para continuar o assalto ao Brasil.
Por isso, temos clareza do que está em jogo nessa eleição, tanta que lutamos arduamente por sua antecipação. E por isso estamos unidos, mais uma vez, também na disputa eleitoral. Não podemos nos calar ou não ter posição política.
Desde o ano passado assumimos a luta em defesa do ex-presidente Lula, condenado sem provas por um judiciário parcial, acusando a perseguição contra ele, defendo sua inocência, seu direito de ser candidato e posteriormente a sua liberdade, diante da prisão ilegal a que está submetido. Em que pese os esforços da direita e da rede globo, sua liderança política não foi abalada, pelo contrário.
Lula segue sendo a principal liderança política do Brasil. Sua história e sua candidatura é expressão da luta de classes no Brasil. Por isso ele reúne em torno de si um apoio popular crescente e, portanto, as melhores condições de derrotar o golpe em curso. É por isso que ele está preso. É por isso que defendemos Lula Presidente.
A disputa eleitoral, mesmo com a diversidade de candidaturas, está polarizada entre dois projetos antagônicos. Um de continuidade das políticas do golpe no qual o povo é o problema e deve pagar a conta da crise e outro que prima pelo desenvolvimento nacional, fundado na democracia, na soberania e na valorização do trabalho.
É por isso que, a partir de agora, nós levantaremos a bandeira de Lula, Haddad e Manu e eles levarão a nossa bandeira em cada canto do país. Assim como, respeitamos cada entidade que faz parte de nossa articulação, mas que têm especificidades e dinâmica própria de participação no processo eleitoral.
A militância dos movimentos sociais, através das suas formas de luta e organização, deve dedicar seus melhores esforços para construir a vitória de Lula.
Havendo segundo turno, continuaremos trabalhando para construir uma unidade ainda mais ampla com conjunto da esquerda e dos setores progressistas para derrotar o golpe e devolver o destino do país aos brasileiros e brasileiras.
Está na hora de o povo brasileiro voltar a decidir sobre os caminhos que o País deve seguir, resgatar a soberania popular, ter seu voto respeitado e contado. O povo quer poder votar em Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad e Manuela d&”39;Ávilla.
Nossa luta não começou e não terminará nas eleições. Independente do resultado, vamos continuar construindo um caminho de unidade em torno de um projeto para o País e de uma aliança com as forças populares, progressistas e patriótica.
Precisaremos de muita luta e unidade para reverter os ataques à classe trabalhadora e abrir um novo período de democracia, inclusão, desenvolvimento, crescimento e soberania no Brasil.
São Paulo, 31 de Agosto de 2018
Frente Brasil Popular