Meio Ambiente

Sem Terra se mobilizam durante Jornada em Defesa da Natureza no Distrito Federal e Entorno

Ações de plantio demarcaram a defesa do Cerrado durante Jornada da Natureza

Foto: MST

Por Rafael Bastos
Da Página do MST

Nos acampamentos de luta pela terra de Brasília, o povo organizado celebrou a Semana do Mundial do Meio Ambiente, data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, na conhecida Conferência de Estocolmo, com o objetivo de chamar a atenção da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos, inesgotáveis. Para reafirmar a importância das riquezas naturais, patrimônio do povo e não de grande corporações, foram desenvolvidas diversas atividades focadas na valorização e busca da preservação da nossa fauna e flora no Cerrado.

Militante do MST no Setor de Direitos Humanos, Márcio Heleno, que participou das atividades, afirmou a importância da ação no período. “Nossa tarefa é prática e pedagógica, dialogando como a sociedade pode aumentar o compromisso pela preservação da natureza, valorizando a biodiversidade local, adotando o consumo consciente e preservando a água para as gerações de amanhã, nova vida hoje e respeito aos antepassados”, refletiu.

Pautando a dimensão da Reforma Agrária Popular como necessária e urgente para se combater a crise ambiental, por meio da democratização da terra e da massificação de um modelo produtivo baseado na agroecologia e no desenvolvimento de novas relações sociais, as ações fizeram parte da Jornada Nacional em Defesa da Natureza e seus Povos.

Os acampamentos Ana Primavesi, em Brazlândia e 8 de Março, em Planaltina foram palco de atividades de plantio promovidas pelas comunidades. Em Planaltina, área marcada pela disputa direto com a grilagem de terra e o agronegócio que usa de forma intensiva agrotóxicos na região, a ação possibilitou o diálogo sobre o papel da Reforma Agrária na preservação do território.

O Cerrado passa por diversas disputas e elas também estão nas técnicas de restauração florestal, que são muito mais bem estudadas em outros biomas e precisam ser desenvolvidas através de incentivos às diversas atividades já desenvolvidas pelas populações organizadas e universidades através das pesquisas, atividades de ensino e extensão.

*Editado por Gustavo Marinho