MST lança Agenda 2011 em São Paulo


Da Página do MST

O MST faz o lançamento da Agenda 2011 nesta quarta-feira, às 19h, na livraria da editora Expressão Popular, no centro de São Paulo.

Na atividade, acontece um debate com João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, que vai apresentar um balanço das lutas do Movimento neste ano e as perspectivas para 2011.

Clique aqui para comprar a Agenda MST 2011

Da Página do MST

O MST faz o lançamento da Agenda 2011 nesta quarta-feira, às 19h, na livraria da editora Expressão Popular, no centro de São Paulo.

Na atividade, acontece um debate com João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, que vai apresentar um balanço das lutas do Movimento neste ano e as perspectivas para 2011.

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A livraria da Expressão Popular fica na rua da Abolição, 201, na Bela Vista (próximo à Câmara dos Vereadores de São Paulo)

Agenda do MST 2011

A Agenda do MST 2011 busca resgatar e valorizar as experiências e práticas de solidariedade que nos permitiram sobreviver à ofensiva das forças imperialistas, nos fortaleceram nas lutas, evidenciaram a multiplicidade de nossas capacidades e nos proporcionaram conquistas e vitórias que resultaram em condições mais dignas de vida, nos tornaram mais humanos e solidários.

O tema da agenda é a Solidariedade dos Povos, que aparece nas áreas da educação, saúde, cultura, nas lutas populares, na aliança campo e cidade, enfim, em todas as frentes de luta contra opressão capitalista.

Procuramos valorizar o que os militantes da transformação social já praticam. Mas também apresentamos os desafios que temos pela frente. E, coerente com os ideais da Solidariedade Internacionalista, não respeitamos fronteiras geográficas, buscamos, onde estivesse, a presença do ser humano e sua ação política em prol da luta dos povos e do resgate da dignidade humana.

Certamente muitas outras práticas e ações solidárias, todas elas importantíssimas, ficaram fora dessa seleção aqui apresentada. Que se sintam contempladas e homenageadas também nas páginas de nossa Agenda.

Desejamos que essa agenda se torne um instrumento de incentivo e multiplicação da solidariedade dos Povos. Afinal, nas palavras do nosso sempre presente companheiro Carlito Maia, “nós não precisamos de muita coisa. Só precisamos uns dos outros”.

Solidariedade dos Povos

O capitalismo, esgotado do seu aspecto civilizatório, expande a barbárie, condena sociedades à violência, impõe condições subumanas de vida às multidões, ameaça a vida no e do planeta com sua irracional exploração dos recursos naturais.

São mazelas de um sistema político e econômico que se agravam e aprofundam ao mesmo tempo em que promove um enorme desenvolvimento tecnológico e científico e produz uma riqueza material, grandiosa e abundante, sem precedentes na história da humanidade.

Somos 6,8 bilhões de pessoas vivendo em nosso planeta.i Destes, mais de 1 bilhão são desnutridos crônicos; 884 milhões não têm acesso à água potável; 924 milhões estão “sem teto” ou em moradias precárias; 2,5 bilhões não têm sistemas de saneamento; 774 milhões de adultos são analfabetos; 18 milhões morrem por ano devido à pobreza, a maioria crianças menores de 5 anos; 218 milhões de crianças trabalham precariamente em condições de escravidão e em tarefas perigosas.

Entre 1988 e 2002, os 25% mais pobres da população mundial reduziram sua participação na renda global de 1,16% para 0,92%. No mesmo período, os 10% mais ricos aumentaram suas fortunas de 64,7% para 71,1% da riqueza mundial.

O enriquecimento de uns poucos tem como seu reverso o empobrecimento de muitos e necessita cada vez mais da violência, da repressão e das guerras genocidas. As forças imperialistas não hesitaram, também, em eleger como inimigos os povos que ousam lutar e obtiveram vitórias contra a opressão e a miséria. Contra o Haiti, o governo estadunidense explicitou sua política de reduzir à inanição o povo que teve a audácia de promover revoltas populares e conquistou a abolição da escravatura no final do século XVIII.

As mesmas forças imperialistas reforçam seus bloqueios econômicos, políticos e culturais aos que associaram as lutas de independências de seus países com os ideais de justiça social e distribuição da riqueza produzida. Foi assim e continua sendo contra os povos que mostraram a disposição de seguir o exemplo da Revolução Bolchevique, de 1917, é assim contra o povo cubano, numa tentativa de estrangular a Revolução Socialista daquele país, ou contra o povo palestino, vítima de bombardeios genocidas e privado dos recursos vitais para a sua sobrevivência.

No entanto, persiste a resistência dos povos, renovam-se as formas de lutas e há novos atores que se opõem ao capitalismo e, identificados com os ideais do socialismo, almejam a conquista da liberdade dos povos. A realização da utopia da fraternidade universal dos povos torna-se cada vez mais necessária e urgente.

Mas, promover a solidariedade não é apenas o necessário exercício de mútua ajuda entre a população explorada pela sociedade burguesa. É, sobretudo, exercitar nossa capacidade de se opor à lógica capitalista de alienar o ser humano do convívio social. O internacionalismo, a solidariedade dos povos torna-se um valor estratégico constitutivo da luta pelo socialismo. É este valor que homenageamos nessa