Nota esclarece situação da Reforma Agrária no Paraná

No Paraná existem atualmente mais de 70 mil trabalhadores rurais sem terra, sobrevivendo em precárias condições, em centenas de acampamentos aguardando de forma organizada e pacificamente a Reforma Agrária do Governo Federal. Está se tornando regra geral, que cada acampamento que os trabalhadores sem terra organizam, as organizações dos latifundiários articulam milícias armadas, montam listas de lideranças para serem assassinadas e infiltram pessoas para criar um clima de guerra e terror na Reforma Agrária.

No mês de abril, em uma reunião entre os fazendeiros que aconteceu em Campo Mourão, foi elaborada uma lista onde contavam vários nomes de lideranças do MST que deveriam ser assassinadas, onde o preço variava de liderança para liderança.

O assassinato em 4 de agosto do militante do MST Francisco Nascimento de Souza, que fazia parte da lista dos marcados para morrer, anunciada publicamente pelas principais organizações dos latifundiários, faz parte da estratégia dos latifundiários, assim como a infiltração de pessoas vinculadas ao crime organizado e a pistolagem nos acampamentos e assentamentos dos projetos de Reforma Agrária.

Reafirmamos que logo que o MST recebeu denúncias da participação possíveis acampados e assentados vinculados a grandes arrendatários, latifundiários e grupo do crime organizado da região, o MST contribuiu com a investigação, apontando e entregando os suspeitos para as Autoridades Policiais.

Quanto às notícias vinculadas à imprensa sobre a soja da Araupel, apreendida pela polícia em 09/08/2003 o Movimento dos Trabalhadores Rurais, reafirma que esta prática não condiz com as orientações do MST.

Direção Estadual MST/PR