MST/ PR contesta multa do Instituto Ambiental

O Instituto de Impacto Ambietal do Paraná (IAP) diz ter aplicado ontem multa de R$230 mil ao MST do Paraná por causar danos a nascente de um rio. Para Darci Frigo, Assessor Executivo da Terra de Direito, “essas multas têm caráter político para criminilizar o Movimento”. Publicamos aqui a nota à imprensa do MST/PR.

Nota à imprensa

“Ontem, dia 15/09 o Instituto Ambiental do Paraná – IAP, diz ter aplicado uma multa de R$ 230 mil, contra o Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -MST/PR, por causar danos a nascente de um rio no Complexo Cajati, em Cascavel. A notícia foi publicada pela Folha de São Paulo, de hoje, 16/09, mas até o momento o Movimento Sem Terra não foi notificado.

As 1.050 famílias, que se encontram na área montaram acampamento no dia 01 de agosto, deste ano. Segundo os trabalhadores sem terra, os acampados não desmataram nenhuma nascente do rio, apenas foi aberto um caminho para retirar água para beber.

O Movimento Sem Terra é contra o desmatamento e tem como política combater crimes ambientais. Se a nascente do rio foi danificada, o fato aconteceu antes das famílias sem terra acamparem na área porque os trabalhadores, apenas bebem a água do rio.

Além, de não ter sentido a multa é impagável e está sendo usada para denegrir a imagem das famílias acampadas e criminalizar a luta do MST.

“Essas multas têm caráter político para criminilizar o Movimento. Uma vez que nunca associações de proprietários como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e a União Democrática Ruralista (UDR) são responsabilizadas quando um fazendeiro comete algum crime ambiental. Só responsável direto pela ação pode ser multado, não o Movimento”, denuncia Darci Frigo, Assessor Executivo da Terra de Direitos.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).”