Jornada coloca em foco agroecologia e desenvolvimento sustentável

Debates, mobilizações e trocas de experiências compõem a 5ª Jornada de Agroecologia, que começa na próxima quarta-feira (07/06), no Centro de Convenções de Cascavel, no Paraná, sob o tema “Construindo o Projeto Popular e Soberano para a Agricultura”. O evento reúne pesquisadores, engenheiros agrônomos, ecologistas e camponeses em torno do desenvolvimento de um modelo sustentável de produção de alimentos, por meio da utilização de técnicas agrícola que respeitem a dinâmica da natureza.

A principal novidade desta edição é a proposição de oficinas e seminários sobre o uso prático da agroecologia por representantes de movimentos sociais. Os assentados da Reforma Agrária e pequenos agricultores familiares, que desenvolvem novos métodos de produção, apresentam suas experiências na quinta e sexta-feira à tarde. O evento termina no sábado (10/6).

Na quarta-feira, a abertura da jornada reúne 5 mil participantes para o evento. Depois acontece a Marcha pela Biodiversidade e Agroecologia, do centro de convenções até a Igreja Matriz de Cascavel. Entre as palestras, participam o integrante da direção nacional do MST, João Pedro Stedile, que apresenta “O Projeto das Transnacionais para Dominar a Agricultura no Mundo”, na quinta-feira (08/06) pela manhã; o engenheiro agrônomo e escritor Sebastião Pinheiro discute a “Insustentabilidade do Modelo: Problemas Ambientais da Nossa Época e os Impactos na Agricultura”. No mesmo dia, também acontece a partir das 17h30 a conferência “Biodiversidade e Soberania Alimentar”.

Na sexta-feira, o educador da Escola Latino-Americana de Agroecologia José Maria Tardin faz exposição sobre “As Sementes: Patrimônio dos Povos a Serviço da Humanidade”. A partir das 18h00, acontece a conferência “Ética, Ecologia e Solidariedade”, com a participação da atriz Letícia Sabatella e do monge beneditino Marcelo Barros. No encerramento, no sábado, será apresentada a carta final da jornada, com a presença de autoridades e representantes dos governos estadual e federal.

A jornada de agroecologia se constituiu em suas quatro edições como forma de fortalecer uma ação dinâmica e permanente para a troca de experiências da agricultura familiar ecológica. Os resultados práticos se multiplicam no Paraná, com plantações de sementes crioulas, feiras, centros de estudo de agroecologia e outras iniciativas. Somente para formação de técnicos em agroecologia existem quatro escolas de nível médio, em Cantagalo, Maringá e São Miguel do Iguaçu, e a Escola Latino-Americana de Agroecologia, na Lapa.

Mais informações no sítio www.jornadadeagroecologia.com.br