Movimentos feministas protestam contra violência à mulher no Rio de Janeiro

Por Danilo Augusto
Fonte Agência Notícias do Planalto

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 29% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de agressão física ou sexual. O Instituto Patrícia Galvão, de São Paulo, aponta que a cada 15 segundos uma brasileira é espancada no país. O Conselho da Mulher do Rio de Janeiro (Cedim), registra aproximadamente 170 agressões por dia, desde estupro até espancamento. O caso mais grave foi de uma jovem de 19 anos seqüestrada recentemente ao sair da escola. Ela foi estuprada e depois esfaqueada. Para protestar e pedir justiça, a Casa da Mulher Trabalhadora (Cantra), juntamente com outros movimentos feministas, fizeram nesta terça-feira (17) uma manifestação na cidade do Rio de Janeiro.

“Nós não estamos sós. Existem organizações, grupos de mulheres e movimentos sociais que apóiam nossa luta. Uma mulher para outras mulheres nunca está só. Nós da Marcha Mundial das Mulheres nunca dormiremos em paz enquanto houver uma companheira sendo estuprada ou atacada no Rio de Janeiro ou em qualquer outro lugar do mundo”, afirma Eustéria Amora, Coordenadora da Cantra e integante da Marcha Mundial de Mulheres.

Em setembro passou a vigorar no país a nova Lei de Violência Doméstica, a chamada Lei Maria da Penha. Ela determina pena de até três anos no caso agressões domésticas e extingue o pagamento de penas alternativas (como doação de cestas básica ou multa). A lei também reconhece a violência psicológica como agressão. Apesar desse avanço, o Congresso Nacional reduziu em 42% o recurso para o Programa de Combate à Violência contra as Mulheres para 2007.