MST do PR cobra assentamentos do Incra e assistência técnica do TCU
Um grupo de trabalhadores e trabalhadoras do MST acampados em frente à sede Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Curitiba (PR), realizou hoje uma caminhada até o TCU (Tribunal de Contas da União) para solicitar uma audiência. O objetivo dos Sem Terra é conseguir discutir a assistência técnica nos assentamos, bloqueada pelo órgão.
Após a marcha, os trabalhadores e as trabalhadoras foram recebidos pelo secretário de Controle Externo, Rafael Blanco Muniz, e pelo Chefe da 1ª Divisão Técnica, Luiz Gustavo Gomes de Andreole. Uma audiência foi marcada para quinta-feira (16/11) às 10h00 no TCU.
Os assentados questionam o cancelamento do convênio de assistência técnica para 13 mil famílias no Paraná. Segundo os camponeses, o cancelamento do convênio é uma medida parcial e de perseguição política ao MST, que vem gerando enormes prejuízos para o avanço da Reforma Agrária no estado. Entre todas as auditorias realizadas pelo órgão em convênios de assistência técnica estadual, apenas os das entidades dos MST foram bloqueados, mesmo com toda documentação dentro das normas.
Audiência com o Incra
Os trabalhadores e as trabalhadoras também realizaram audiência com o superintendente do Incra, Celso Lisboa da Lacerda para reivindicar medidas para o avanço da Reforma Agrária. Os Sem Terra exigem o assentamento das famílias acampadas, mias infra-estrutura e assistência técnica para os assentamentos do estado e educação nas áreas de acampamentos e assentamentos.
O governo Lula também é cobrado: os Sem Terra pedem a mudança da política econômica. Para eles, o atual modelo inviabiliza a Reforma Agrária e a solução do problema da distribuição de renda no Brasil. As famílias pretendem ficar em frente ao Incra até o atendimento da pauta de reivindicações. Participam da mobilização cerca de 600 trabalhadores do MST de vários acampamentos do estado.