MST participa de atividade acadêmica em Sergipe
Os lavradores do MST de Sergipe participam da 1ª da Semana Acadêmica da UFS (Universidade Federal de Sergipe), na qual foi montado um barracão que reúne atividades culturais, como poesia, música, literatura de cordel e artesanato dos trabalhadores rurais. Além disso, há uma feira de produtos dos assentamentos e acampamentos, como abóbora, macaxeira, milho, batata doce, feijão, farinha, queijo, banana, melancia e coco. Foi instalada ainda uma casa de farinha, tradição da cultura nordestina.
O Espaço Cultural da Reforma Agrária fica aberto até esta sexta-feira (24/11). Desde segunda-feira, acontecem debates sobre Reforma Agrária, educação no campo, cultura popular. Participaram lavradores e amigos do MST.
Na noite de ontem (23/11), a animação ficou por conta do grupo musical Imburana de Cheiro, formado por assentados e acampados de Sergipe, com muito forró pé-de serra e demais expressões da cultura popular.
Ruy Belém de Araújo, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UFS, acredita que a participação do MST no evento é fundamental para a relação da universidade com a sociedade.
“Ninguém melhor que o MST, que sempre tem colocado suas demandas para a sociedade, participar do evento na universidade com sua cultura, fala e música. Isso demonstra que a interação entre universidade e movimentos sociais não está só no discurso acadêmico, mas se realiza na prática”, observa o professor.
Semana
Passados três dias de atividades envolvendo ensino, pesquisa e extensão, chega ao último dia a Semana Acadêmica. O reitor da UFS, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, profere a solenidade de encerramento no auditório da Reitoria. Logo em seguida serão entregues os prêmios do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e a apresentação do prêmio Petrobras.
Números ainda não fechados revelam a dimensão do evento. Somadas as atividades culturais, como lançamentos de livros, exposições e musicais, foram realizadas 41 atividades. Foram organizados 16 congressos e encontros e 22 palestras, conferências e mesas redondas.
Ao todo foram utilizadas quarenta e uma horas de atividades dos mais diversos segmentos, organizadas por vários setores da UFS. Segundo o Passos Subrinho, o propósito maior da Semana foi o de “mostrar que ensino, pesquisa e extensão são de fato indissociáveis”.
O reitor ainda destaca o esforço da universidade em busca de uma crescente inclusão social, que pôde ser vista na participação de movimentos sociais e culturais durante todos os dias da Semana Acadêmica.
(com informações da página da Universidade Federal de Sergipe)