Declaração dos Direitos dos Indígenas será assinada na Bolívia

Adital

O governo boliviano conseguiu o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de representantes de povos indígenas para ser o país sede da assinatura da Declaração Americana dos Direitos dos Povos Indígenas.

A nona reunião de negociações sobre o projeto Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas foi encerrada com o apoio das delegações da OEA e representantes dos povos indígenas à proposta do governo da Bolívia para que a próxima reunião se celebre na última semana de março no país, em Mallosa, a uma hora de La Paz.

Ao apresentar a proposta, o novo Representante Permanente da Bolívia na OEA, Reynaldo Cuadros Anaya, disse que seu governo espera que seja precisamente em solo boliviano que a Declaração Americana seja assinada.

“Teria uma conotação simbólica porque meu país é um dos poucos que tem uma população, em sua maioria, indígena e um governo indígena. Seria um marco para a Bolívia e para todos os povos indígenas das Américas”, assegurou Cuadros Anaya.

O embaixador boliviano se identificou com a preocupação manifestada esta semana pelo Secretário Geral da OEA, José Miguel Insulza, sobre “a celeridade e dinamismo” que deve se imposto ao processo de discussões. Neste sentido, propôs a criação de um escritório de coordenação em Washington no qual um comitê, “composto pelos três grupos que mostram maior divergência sobre certos temas – um delegado do conclave indígena, um do Canadá e outro dos Estados Unidos – adiantem as reuniões informais para dois meses para que levem soluções concretas ao encontro da Bolívia”

Segundo o diplomático, esta seria uma maneira de agilizar e facilitar o diálogo entre as partes e insistiu que “necessitamos começar com algo e logo”.

Sobre os avanços da nona rodada, o presidente do Grupo de Trabalho, o embaixador da Guatemala, Juan León Alvarado, assegurou que ainda não se chegou a um consenso nos temas propostos na agenda discutida, as delegações tiveram mais tempo para refletir em reuniões informais sobre os artigos relacionados com educação, direitos culturais e o acesso aos meios de comunicação.

“Ainda não se chegou ao consenso ou aprovação de parágrafos, ficaram boas bases para as próximas negociações entre os governos e os povos indígenas”, disse Leon Alvarado.

Fonte: ADN mundo