Trabalhadores realizam mais protestos em Alagoas

Cerca de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, além de estudantes realizaram hoje mais um ato pelas principais ruas da capital, Maceió, fazendo um panelaço em protesto às ações autoritárias e ilegais do governador do Estado, Teotônio Vilela (PSDB).

No interior do Estado, famílias Sem Terra paralisaram as principais rodovias do Sertão, Litoral Sul e Zona da Mata em solidariedade a luta dos trabalhadores da educação. Na pauta, eles também reivindicam a Reforma Agrária, educação de qualidade e moradia urgente.

No município de Arapiraca, agreste alagoano o Batalhão de Choque foi acionado e ameaça reprimir os trabalhadores Sem Terra. O Centro de Gerenciamento de Crises informou que o governador determinou o endurecimento nas negociações.

Histórico

Os protestos começaram na semana passada, quando os servidores do Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas) acamparam na Secretaria Estadual de Educação (SEE). Eles protestam para que o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) respeite os 100% da isonomia da categoria, direito conquistado no governo anterior.

Essa semana, mais de 2.000 trabalhadores rurais do MST, MLST e MTL acamparam na Praça Floriano Peixoto, próximo ao Palácio do Governo, em Maceió, em solidariedade à greve dos servidores públicos. Em virtude disso, o movimento fez uma assembléia de unificação das lutas e aprovou uma pauta de reivindicações em torno do pagamento da isonomia salarial completa para os professores; educação de qualidade para o campo; desapropriação e imissão de posse de áreas para as famílias Sem Terra e a garantia de recursos para a imissão da Agrisa, em Flexeiras, onde serão assentadas mais de 1.000 famílias.

Na tarde de ontem, trabalhadores do campo e da cidade ocuparam a Secretaria de Planejamento de Alagoas (Seplan), para pressionar o governo a cumprir seus compromissos em torno da educação e da Reforma Agrária.