Argentina e Venezuela criam Banco para a América do Sul
Agência Telam
Entre os 18 convênios assinados entre Argentina e Venezuela ontem, dia 21, destaque para a concretização do Banco do Sul, que vai financiar projetos de desenvolvimento de países mais pobres da América do Sul. A idéia partiu do presidente venezuelano Hugo Chávez.
Chávez e o presidente argentino Néstor Kirchner ressaltaram a importância do Banco do Sul. Um dos primeiros objetivos do banco seria financiar parte do gasoduto entre Bolívia e Argentina. Kirchner disse que o organismo deveria ter “uma filosofia diferente de alguns bancos internacionais”, que “se converteram em verdadeiros castigos para os povos”.
O chefe de Estado venezuelano deu alguns detalhes sobre a constituição da nova entidade financeira, que se formará, a princípio, “com um capital inicial de US$ 1 bilhão” e que “terá 120 dias para a constituição e posterior assinatura do estatuto”.
“Estão convidados todos os governos da América Latina”, disse Chávez. Ele adiantou que a sede central estará em Caracas, capital da Venezuela, e que haverá outra em Buenos Aires. O presidente venezuelano disse que Evo Morales, presidente da Bolívia, e Rafael Correa, do Equador, já comunicaram a intenção de “aderir” ao Banco do Sul.
“Nasce bilateralmente, mas sem abandonar a filosofia multilateral, que é o fim último a conquistar, porque não é um empreendimento entre Argentina e Venezuela, mas [um projeto] que podem aderir todos os países da região, independente do bloco [Mercosul ou Comunidade Andina de Nações] do qual pertençam”, ressaltou Kirchner.
O argentino assegurou que seu país e a Venezuela “são e serão, por nossa concepção e por como entendemos a construção de nossas realidade, absolutamente respeitosos nas relações e nas situações internas de cada país”.