MST participa de ato pela construção de nova sede da UNE

Amanhã, dia 23, às 14 horas, o MST e outros movimentos sociais que participam da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), farão um ato público no terreno da Praia do Flamengo, onde estudantes de várias partes do Brasil estão acampados desde o dia 1° de fevereiro. Além da garantia do terreno, eles querem a reconstrução do prédio que abrigava a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) e que foi destruído durante da Ditadura Militar.

O movimento de retomada do terreno ganha cada dia mais força. No local já foram colocados 10 contêineres, que estão funcionando como banheiros, escritório e alojamentos. Também já foi instalado um refeitório e um telecentro com computadores conectados à internet. Ao longo desta semana, uma tenda será erguida para funcionar como espaço de apresentações culturais. Entre as atividades estão as rodas de samba, o ateliê cultural, oficinas as quais, roda de samba, ateliê cultural, e exibição de filmes, além de aulas de expressão corporal, capoeira e malabares.

A ocupação conta com a presença de mais de 500 jovens que prometem só deixar o local quando começarem as obras de construção do novo prédio. O antigo fora destruído em 1964 e há dez anos no local tem funcionado um estacionamento clandestino. A UNE está de posse da Certidão de Registro de Imóveis do terreno, que garante judicialmente sua propriedade sobre o local que lhe foi doado pela União na década de 1940.

Além do dirigente da coordenação do MST, João Paulo Rodrigues, dirigentes de diversas entidades, como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional das Associações dos Moradores (Conam), Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e a Central de Movimentos Populares (CMP) também participam do ato.

O novo prédio será construído com o projeto arquitetônico que foi doado à entidade pelo arquiteto Oscar Niemeyer e prevê a construção do museu da memória do movimento estudantil e de um centro cultural.