Governo de SP descumpre acordo e corta benefícios sociais de Sem Teto
Danilo Augusto
Rádioagência NP
O governador do estado de São Paulo, José Serra (PSDB), quebrou um acordo estabelecido no ano passado entre o ex-governador Cláudio Lembo (PSDB) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que firmava um convênio para pagar R$ 250 mensais durante um ano a 150 famílias do movimento. Elas passaram a receber a verba, chamada bolsa emergencial, após serem despejadas no ano passado do Acampamento Chico Mendes, na cidade de Taboão da Serra.
Apesar de ainda restar um mês para o término do convênio, o governo Serra já cortou o beneficio de muitas famílias. Para Marco Fernandes, do Setor de Formação do MTST, essa decisão demonstra que o convênio não vai ser renovado.
“Este mês ele [governo] cortou o benefício de 40 famílias. Nós interpretamos a medida como uma nítida provocação ao movimento e uma demonstração de que eles estão pouco dispostos a negociar. Isso é um dos motivos pelo qual na quarta-feira (28) vamos em marcha até o Palácio dos Bandeirantes para reivindicarmos a continuação do pagamentos das bolsas. Vamos também marchar para colocar o processo do Acampamento Chico Mendes em pauta, pois o governo do estado não colaborou absolutamente com nada.”
Para o MTST, além de reestabelecer a bolsa emergencial, outro desafio é pressionar o Mistério das Cidades a liberar um financiamento para a construção de 800 casas em um terreno no município de Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. As casas seriam suficientes para abrigar todas as famílias expulsas do Acampamento Chico Mendes. A área escolhida para a construção já foi vistoriada e aprovada pela equipe da Caixa Econômica Federal.
As reivindicações das famílias sem-teto vão ser levadas ao governador José Serra na mobilização prevista para acontecer nesta quarta-feira.