Marcha reúne mil mulheres no Espírito Santo

Ontem, dia 8 de março, cerca 1000 mulheres participaram da Marcha organizada pelo Fórum de Mulheres do Espírito Santo que teve como lema “Pelo Fim da Violência, pelos Territórios Indígenas, Quilombolas, Camponesas e por Justiça Sócio-Ambiental”.

Mulheres indígenas, quilombolas, camponesas, sindicalistas e estudantes expuseram suas reivindicações e cobraram do governador do estado, Paulo Hartung (PMDB), uma postura clara em relação à demarcação dos territórios indígenas no Espírito Santo e à melhoria de políticas públicas para as mulheres.

“Queremos que o governador receba os indígenas e ajude a bater o martelo sobre a demarcação das nossas terras”, explica Iara Tupã, da comissão de mulheres indígenas.

A maior reivindicação do MST é a vistoria e arrecadação das terras devolutas do estado para fins de reforma agrária e também uma assistência aos assentamentos criados pela Secretaria de Agricultura do estado, que atualmente não recebem nenhum subsídio do governo.

“É visível que aqui no estado o governador dá prioridade ao agronegócio e não à agricultura familiar. Por isso, estamos em marcha para que ele nos receba numa audiência e discuta conosco nossas reivindicações”, disse Joselma Maria Pereira, da direção estadual do MST.

A Marcha percorreu o centro de Vitória e seguiu em direção ao Palácio da Fonte Grande, sede provisória do governo do estado, onde os movimentos sociais reivindicação uma audiência com o governador. Durante a noite, permaneceram em vigília em frente ao Palácio aguardando a resposta da audiência.

Imperialismo também é criticado na marcha

Durante a Marcha das Mulheres, também houve um protesto em relação à vinda do presidente Bush ao Brasil. Um boneco foi queimado na Praça Costa Pereira, simbolizando que Bush “não é bem-vindo ao país” e criticando o imperialismo norte-americano nas nações. O protesto foi organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufes.