Celulose aumenta tensão na guerra das papeleiras
Os diretores da empresa Botnia, de capital finlandês – que se instalou em Fray Bentos, convocaram uma coletiva da imprensa para informar o começo da produção de celulose. A empresa está no centro da disputa entre a Argentina e o Uruguai que ficou conhecida como a guerra das papeleiras
Segundo o jornal Página/12 (27/03), a empresa espera começar a produzir no final do mês de agosto e destaca que o anúncio pode melar a negociação aberta pelo facilitador do conflito, o espanhol Juan Antonio Yánez Barnuevo.
A notícia foi considera pelos assembleístas de Gualeguaychú, que resistem contra a instalação na outra margem do rio, como provocação. “Eles continuam construindo a fábrica e acreditam que quando terminarem ninguém vai poder tirá-los dali”, disse o assembleísta Oscar Vargas. “Até agora só tomamos medidas inofensivas, sem violência, mas se as pessoas decidirem ir para o outro lado, quero ver quem vai segurar”, afirmou José Pouler, ambientalista.
“A esta altura penso que as provocações já excederam os limites e constituem algo deliberado”, disse outro ambientalista, Jorge Fritzler.
“Não podemos pensar em uma solução bélica, isso não pode passar pela cabeça de ninguém. O único que se pode fazer é dialogar e é preciso limpar o terreno para que isso possa acontecer”, disse o prefeito de Rio Negro, do outro lado do rio no Uruguai.
O jornal argentino destaca que daqui para frente ninguém arrisca como ficarão as negociações depois do anúncio da Botnia.