MST ocupa área da Suzano contra expansão do eucalipto
Cerca de 150 famílias do MST, acampadas na região de Sorocaba, permanecem na área da empresa Suzano Papel e Celulose, no município de Itapetininga, ocupada na manhã de domingo, dia 8, para denunciar a expansão da monocultura de eucalipto e reivindicar a aceleração do processo de Reforma Agrária no interior de São Paulo.
A criação de assentamentos está parado na região, enquanto as empresas avançam cada vez mais sobre as terras para ampliar a produção de eucalipto e cana-de-açúcar para exportação por meio da monocultura, que desemprega os trabalhadores rurais e destrói o ambiente.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) já vistoriou quatro áreas na região, que foram consideradas improdutivas, mas até agora nenhuma foi destinada à Reforma Agrária. O MST tem cerca de 4.000 mil famílias acampadas no estado de São Paulo.
Das quatro fazendas, duas estão com processo parado em Brasília; uma parada na Justiça por causa de recurso do latifundiário depois da assinatura do decreto; e a quarta área depende da assinatura do decreto de desapropriação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Há ainda uma área que pertence à Secretaria de Agricultura de São Paulo, conhecida como Fazendo Peco, que aguarda assinatura de um decreto que passe a área para o Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
Na próxima sexta-feira, 13, depois da marcha das famílias pela cidade, acontece uma audiência pública na Câmara Municipal de Itapetininga, às 14 horas, com a participação de autoridades e parlamentares.