Sem Terra são impedidos de acampar em frente ao Incra
Desde o início da manhã de hoje, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Distrito Federal (Bope) e integrantes do Serviço Integrado de Vigilância do Solo (Sivsolo) impedem o acampamento pacífico dos integrantes dos movimentos sociais do campo na frente da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Depois de sair da sede nacional do Incra, os trabalhadores rurais pretendem aguardar acampados na cidade o cumprimento do acordo feito em audiência no dia 16 com diretores do órgão.
Sob a alegação de que é proibido acampar em local público, os policias ameaçam os lavradores e prometerem “passar por cima” dos barracos. Parlamentares e integrantes de entidades ligadas aos direitos humanos estão a caminho do local.
Os manifestantes fazem parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Movimento dos Trabalhadores Rurais (MTR).
Em audiência, receberam a garantia do cumprimento de parte da pauta apresentada ao Incra. Entre os pontos, está a reestruturação (em um prazo de 10 dias) do comando das 30 superintendências espalhadas pelo país e a liberação de recursos para recuperação de casas nos assentamentos do DF e Entorno.
Para os movimentos, as reivindicações mais importantes não foram contempladas, como o assentamento de 1.800 famílias de agricultores do Distrito Federal e do Entorno, liberação de crédito rural, assistência técnica e educação.