Relatório aponta preconceito no mundo do trabalho
Luiz Renato Almeida
Agência Chasque
Preconceitos por questões de idade, orientação sexual, doenças ou deficiências físicas são as novas formas de discriminação no mundo do trabalho. A afirmação é do relatório “Igualdade no trabalho: enfrentando os desafios”, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta quinta, na Bélgica.
Segundo a OIT, além das formas tradicionais de discriminação, por gênero, idade, raça e origem social, novas formas estão surgindo. Atualmente, tem se tornado comum o preconceito na contratação de trabalhadores jovens ou mais velhos, pessoas com deficiência, pessoas vivendo com HIV e com orientação sexual diversa. A OIT também verifica práticas discriminatórias contra os fumantes e os obesos
A diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, acredita que o Brasil tem tomado algumas medidas contra este problema, mas que ainda são insuficientes.
“No caso do Brasil, existe uma série de políticas que vêm sendo implementadas. Eu queria destacar a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Uma série de medidas vêm sendo adotadas, que ainda são insuficientes porque o nível da desigualdade é muito grande. ”
O estudo aponta que a participação das mulheres e de negros no mercado de trabalho brasileiro vem aumentando desde 2003. Em 2005, cerca de 85 milhões de pessoas tinham uma ocupação no Brasil e, destas, 42,2% eram mulheres.
O relatório da OIT mostra que diminuíram as diferenças no rendimento de mulheres e homens, brancos e negros. Os homens negros que ganhavam R$ 402 em 1995, tiveram seu ganho aumentado para R$ 421 em 2005. Já as mulheres negras aumentaram de R$ 223 para R$ 316 os seus ganhos, em dez anos