MST resiste a despejo em Americana, São Paulo

Na manhã de hoje, dia 6, cerca de 250 famílias Sem Terra ligadas ao MST ocuparam uma área do governo do estado, em Americana, região de Campinas, São Paulo. A área da fazenda de 216 hectares, apesar de pública, vem sendo irregularmente explorada pela usina Ester para o cultivo de cana-de-açúcar.

Após a primeira ocupação, realizada em agosto do ano passado, a usina recebeu da Procuradoria de Justiça de São Paulo uma notificação para deixar a área em 60 dias. Além de não cumprir a notificação, representantes da usina entraram com pedido de permanência e interdito proibitório, alegando que a área é arrendada. Trata-se de outra irregularidade, pois a fazenda pertence ao governo de São Paulo desde 1976, quando foi tomada como pagamento de dívidas que os antigos proprietários tinham com o INSS.

Desde a entrada na área, as famílias Sem Terra sofrem ameaças de violência física por parte do comandante da operação, capitão Takiushi. O mesmo policial foi responsável por momentos de tensão na ocupação da área em 2006. Neste momento, Takiushi ameaça cumprir a reintegração de posse mesmo sem mandado. Os Sem Terra contam com apoio de autoridades que procuram evitar que mais um episódio de violência contra
trabalhadores aconteça.