Servidores do Incra rejeitam proposta do governo e continuam em greve
Vinicius Mansur,
Radioagência NP
Os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) rejeitaram as propostas feitas pelos ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento Agrário, que se comprometeram a não cortar o salário do mês de julho e a estabelecer um grupo de negociação, caso os servidores suspendessem a greve por 15 dias. A decisão foi tirada em plenária realizada na cidade de Brasília (DF), na nesta segunda-feira (30).
De acordo com a diretora da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (CNASI), Maria de Jesus Santana, a plenária optou por realizar uma consulta às bases sobre a permanência ou não da greve até o dia dois de agosto, ao invés de aceitar a proposta. Maria afirma que a relação com o governo está desgastada.
“Como nós temos o histórico de estar nessa greve pelo não cumprimento de três acordos na sua integralidade, nós temos uma dificuldade de acreditar no governo”.
Maria comenta que a greve já dura mais de dois meses porque o governo federal está tratando a categoria com descaso e com truculência. Maria relata que esta é a quarta greve no governo Lula e que as reivindicações continuam as mesmas. Os servidores pedem a reestruturação da carreira, mas o governo discute apenas a metodologia de negociação. Os principais pontos da reestruturação são uma recomposição salarial e a revisão do sistema de gratificações.
Ela também afirma que o governo feriu o direito dos trabalhadores ao cortar dois meses de salários de grevistas. A greve teve início em 21 maio.