Movimento feminista sofre a perda de uma guerreira
Na noite do dia 10 de setembro, faleceu a companheira Maria Ednalva Bezerra, 47 anos, militante sindical feminista. Maria era a atual secretaria nacional de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e fazia parte da executiva da Marcha Mundial das Mulheres.
Em nota a Marcha Mundial de Mulheres afirmou que trajetória militante de Maria “mostra-nos, que a construção de autonomia das mulheres é possível; é uma luta diária e deve ser travada em todos os espaços. […]“sua utopia continuará mobilizando nossas lutas para fortalecer um feminismo militante como ação política das mulheres, fonte de energia que nos permite continuar acreditando que juntas mudaremos o mundo e vida de todas as mulheres.”
Natural de Campina Grande na Paraíba, Ednalva, nascida em 1959, era professora e iniciou sua militância no movimento sindical em 1984 ajudando a organização de uma greve de 100 dias no setor de educação. Por onde passou, Maria se mostrou uma mulher aguerrida, lutadora e determinada em construir um novo mundo para mulheres e homens, sem machismo, sem pobreza, sem violência, sem guerra, um mundo de igualdade e respeito.
Ednalva representava ainda CUT no Conselho da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e na comissão de Igualdade de Oportunidades e de Tratamento de Gênero e Raça no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Foi vice-presidente do Comitê da Mulher Trabalhadora da Organização Regional Interamericana de Trabalhadores (ORIT), coordenava a Comissão de Mulheres da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) e era integrante do Comitê Feminino da Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres – CIOSL.