Sem Terra mantém acampamento em frente ao Incra no PR
Os 1.000 agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná, que montaram acampamento ontem, dia 25, em frente ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), participam durante todo o dia de hoje, dia 26, de negociações com o Incra e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No Incra, as negociações começaram às 9h e vão estendem durante tido o dia. Os Sem Terra reivindicam infra-estrutura para os assentamentos, recursos para manutenção e construções de escolas em assentamento, liberação de crédito de investimento e custeio (via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar- Pronaf) e recursos de habitação para construção e reforma de casas.
As famílias também cobram da autarquia o desbloqueio de recursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), para o funcionamento de cursos de pedagogia, tecnólogo em agroecologia, médio e pós-médio em agroecologia que funcionam em quatro escolas do MST, no Estado.
Além de representantes do Incra, á tarde a negociações estão sendo feitas com representantes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Banco do Brasil, Companhia de energia elétrica do Paraná (Copel), Eletrosul, Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Desde as 14h de hoje uma comissão de integrantes do MST também está reunida com representantes da Conab para negociar a liberação de cestas básicas, as 9.000 famílias acampadas no Paraná e o fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para os agricultores assentados.
Contexto
A mobilização é parte da Jornada Nacional de luta, que acontece durante a semana em todo Brasil e cobra do governo federal o assentamento das 150 mil famílias do MST, acampadas no país.
Na tarde de ontem, 25, os Sem Terra fizeram mobilização em frente ao Ministério da Fazenda do Estado, em Curitiba, para protestar contra a política econômica do governo federal para a agricultura, que vem atuando em defesa do agronegócio.
De manhã, os Trabalhadores também realizaram marcha do Parque Barigüi até o prédio do Incra, na rua Dr. Fraive, para protestar contra a lentidão da Reforma Agrária no Brasil.