Tropas brasileiras permanecerão no Haiti por mais um ano

As tropas militares brasileiras integrarão a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) por mais um ano. A prorrogação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, dia 15.

Em nota divulgada pelo Itamaraty, o governo brasileiro manifestou disposição de permanecer no comando militar da Minustah. O Brasil ocupa o comando desde o início da missão em 2004.

De acordo com a resolução a situação ainda é frágil e a estabilidade no Haiti segue ameaçada pelo tráfico ilegal de drogas e armas. A resolução destaca ainda que é necessário respeitar os direitos humanos, a justiça dos processos judiciais e o fim da impunidade.

Segundo o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aderson Bussinger, a presença do Brasil no Haiti é somente militar e não humanitária. Bussinger preparou um relatório crítico à ação militar no país e defendeu que a intervenção brasileira deveria assumir outro caráter. O conselheiro integrou uma missão organizada pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) que visitou o Haiti no final de junho.

A missão de paz da ONU está no Haiti desde a invasão dos Estados Unidos em 2004. A Força de Paz brasileira é composta por mil e duzentos militares e civis. De acordo com informações do Ministério da Defesa, a missão já custou ao Brasil aproximadamente R$ 370 milhões entre junho de 2004 e junho de 2007.

Ayla Zanini,
da Radioagência NP