Crianças do MST reivindicam educação de qualidade e infra-estrutura
Cerca de 300 pessoas, a maioria crianças, ocuparam na manhã de ontem, dia 22, a Prefeitura de Ibirapitanga, distante 471 km de Salvador (BA). A ocupação provocou a suspensão do expediente pela manhã. O grupo protestava contra a falta de atenção da prefeitura com o ensino fundamental na zona rural, especialmente na Escola Municipal Girassol, no Assentamento Paulo Jackson, situado próximo ao trevo de acesso à cidade e onde estudam mais de 60 crianças, numa casa improvisada.
Os Sem Terrinha não encontraram o prefeito Eraldo Assunção, que estaria em Salvador. Uma das lideranças conseguiu falar com ele, por telefone, e combinaram que uma comissão iria analisar a pauta de reivindicações. Após o meio-dia, os manifestantes deixaram a prefeitura e voltaram para o clube, onde estavam reunidos desde domingo, na Jornada dos Sem Terrinha em defesa de educação de qualidade no campo.
Entre os participantes da atividade havia crianças de assentamentos e acampamentos do baixo sul e do sul da Bahia. As crianças não estavam sozinhas, porque mães e professoras acompanhavam o Movimento.
As escolas dos assentamentos são ruins, mas a do Paulo Jackson está em condições precárias e só tem duas salas muito pequenas, para abrigar mais de 60 alunos, segundo Adia Ferreira da Silva, uma das duas professoras da escola. “Mal tem um quadro de giz, algumas cadeiras e o material didático básico”, diz. Também falta merenda escolar.
Com informações da Agência A TARDE