Entidades realizam ato em defesa da marcha do MST no RS

Entidades realizam ato em defesa da marcha do MST no RS

Nesta segunda-feira (12), a Central Única dos Trabalhadores e a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) realizam ato de protesto contra a decisão do Judiciário, em apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A concentração será às 11h, na Praça Central de Carazinho.

O MST decidiu retomar a caminhada em direção à Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul (RS). A caminhada em direção ao latifúndio foi retomada no início da manhã desta sexta (9). A decisão foi tomada após a audiência realizada na quarta-feira (07) com a Juíza Marlene Marlei de Souza, em
Carazinho.

As cláusulas do Termo de Ajustamento de Conduta, firmado nesta mesma audiência, dialogavam sobre a proposta de instalação de um acampamento vigília na cidade de Almirante Tamandaré do Sul e a desapropriação da Fazenda Palermo em São Borja.

O Ministério Público Federal, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e o Governo do Estado não aceitaram a proposta do MST e até o momento não houve avanços nas
negociações em torno do assentamento das famílias.

Apesar do empenho do movimento social e do Ministério Público Federal e Estadual de Passo Fundo em construir uma solução para a questão social na região, os participantes da audiência foram surpreendidos pela postura intransigente da juíza, que por telefone pedia orientações à Farsul sobre
cada decisão.

A Fazenda Guerra possui 9 mil hectares de terra, tamanho equivalente a 7 mil campos de futebol e gera apenas 2 empregos fixos. A arrecadação de impostos da fazenda é equivalente a 2 aviários de pequenas propriedades, apesar de ocupar 30% do território de Coqueiros do Sul. Com a desapropriação da áreas seria possível assentar cerca de 450 famílias Sem Terra.