Manifestantes ocupam sede da Agência Nacional do Petróleo, no Rio
atualizada às 15h40
Movimentos sociais e entidades sindicais ocuparam nessa manhã a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Cerca de 300 pessoas estão participando da ocupação, que começou por volta das 9 horas. O presidente do órgão, Haroldo Lima, vai se reunir com o conjunto das forças que estão na ocupação às 21 horas. Os manifestantes alertam que só sairão depois das negociações.
A principal reivindicação dos movimentos é pela suspensão da 9° Rodada de Leilão do Petróleo e do Gás, que acontece hoje, dia 27, e amanhã; 67 empresas estão habilitadas a participar do Leilão, além da readequação da lei do petróleo em vigor (Lei 9478/97). Com as rodadas anteriores 50 % das áreas descobertas estão sob controle das multinacionais, o que afeta a soberania nacional. Por isso os movimentos exigem que as reservas existentes no Brasil fiquem a cargo da gestão estatal, na perspectiva de construção de um projeto de energia para o país e não à venda ao capital estrangeiro.
No dia 21 de novembro foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva , um manifesto abaixo-assinado por diversas entidades e personalidades contra as privatizações do petróleo [clique aqui]. No dia 22, diversas entidades se manifestaram pela suspensão da 9ª Rodada de leilões no centro do Rio, mobilizando cerca de 1.000 manifestantes.
Participam da ocupação trabalhadores organizados no Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), na Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e na Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), entre outras organizações. Ao meio dia de hoje, 27, está previsto um protesto em frente a ANP. A concentração será na Candelária.