Vale plantará 150 mil hectares de eucalipto

Do Séculodiário.com

A Vale plantará 150 mil hectares de eucalipto, a espécie exótica que mais destrói o ambiente no Espírito Santo, da mesma forma que promove destruição ambiental em vários lugares do planeta. As plantações serão feitas até 2015, como anuncia a empresa. No total, serão 173 milhões de árvores de eucalipto, que ocuparão uma área equivalente à da cidade de São Paulo.

Pesquisas apontam que uma árvore adulta de eucalipto consome 36,5 mil litros de água por ano. No Espírito Santo, a empresa que mais degradação promove com os plantios de eucalipto é a Aracruz Celulose.

Agora, a Vale anunciou que plantará eucalipto e que efetuará plantios de igual quantidade de plantas nativas, em área do mesmo tamanho que empregará com eucalipto.

A Vale assinala que “do total de árvores a serem plantadas, 345 milhões são no Brasil”. O Estado do Pará irá liderar os plantios, que serão feitos ainda no Espírito Santo, Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Maranhão e na Bahia.

Além do grande consumo de água, o eucalipto traz outros problemas: nos plantios são empregadas grandes quantidades de agrotóxicos, que contaminam o solo e a água, promovendo destruição da flora e fauna. Os venenos afetam a saúde humana.

No Espírito Santo, a Vale já é uma grande produtora de poluentes do ar. Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) apontou que a empresa respondia por 20-25% dos poluentes do ar, a ArcelorMittal Tubarão por 15 a 20% e a Belgo por 5-8% das 264 toneladas/dia de poluentes, 96.360 toneladas/ano de poluentes.

Sobre a Grande Vitória as usinas lançam poluentes que afetam a saúde dos moradores. Ao todo, são 59 os tipos de gases lançados, sendo 28 altamente nocivos, que provocam alguns tipos de câncer, outras que destroem o sistema imunológico, além de doenças alérgicas e respiratórias.

As doenças causadas pelos poluentes da Vale tem custo anual médio de R$ 65.000.000,00, o que totaliza R$ 2.470.000.000,00, nos seus 38 anos de produção.

Já o passivo da ArcelorMittal Tubarão e da Belgo juntas – a Belgo também é empresa do indiano Lakshmi Mittal – atinge R$ 1.650.000.000,00 em 24 anos de operação (da ex-CST), valor que os moradores da Grande Vitória gastaram para tratamento das doenças provocadas pela poluição emitida por estas empresas.