Setor sucroalcoleiro concentra uso de trabalho escravo
Da Radioagência NP
O Grupo Móvel do Ministério do Trabalho, que atua no combate ao trabalho semelhante à de escravidão, concluiu que em 2007 as ações se concentraram no setor sucroalcooleiro.
De acordo com o Grupo, as atuações foram programadas de forma diferenciada e os resultados foram positivos, garantindo um grande número de trabalhadores libertados. 2007 foi o ano em que mais se libertou. No geral, foram mais de 5.8 mil pessoas libertadas em 197 fazendas fiscalizadas em todo o país.
Em julho de 2007, mais de 1.1 mil trabalhadores foram descobertos na fazenda Pagrisa Pastoril S/A, no estado do Pará, vivendo em condições desumanas. A Secretaria de Inspeção do Trabalho emitiu no final do último ano, uma notificação para todas as usinas de álcool.
No documento, a Secretaria exige o cumprimento de normas para que as usinas não sejam mais flagradas com trabalho escravo. Além disso, promete intensificar ainda mais essas fiscalizações.
A Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo defende que é preciso punições mais rigorosas do que apenas pagamento de multas aos proprietários de usinas que usam mão-de-obra escrava.
A Comissão elogia a criação da “lista suja” – onde constam os empregadores que usam mão-de-obra escrava em suas propriedades. A última divulgada no final de 2007, tem 189 nomes.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) informa que aproximadamente 40 mil pessoas são mantidas em situação de escravidão em todo país.