Agricultor é baleado durante ocupação da Usina de Estreito

Por volta da 23h30 de ontem (11/3), durante a ocupação da Hidrelétrica de Estreito pelos militantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e Via Campesina, o agricultor Welinton da Silva Silva levou um tiro na perna. Os movimentos acreditam que os disparos foram feitos por seguranças do Consórcio Estreito Energia (Ceste).

Segundo relato, um carro tipo Uno, de cor cinza, entrou no acampamento, disparou vários tiros e foi embora. Mesmo após o episódio, a polícia se recusou a dar segurança ao acampamento.

Welinton Silva está no Hospital Municipal de Estreito.

14 de março

A ocupação faz parte da jornada do dia internacional de luta contra as barragens (o 14 de março). Os Movimentos Sociais exigem a paralisação das obras da usina e demais ao longo do rio Tocantins, para que seja feito um novo levantamento de impacto ambiental, pois o realizado anteriormente omite que cerca de 21 mil pessoas serão atingidas diretamente pela barragem, além de comunidades quilombolas do Bico do Papagáio.

O Consórcio Estreito Energia (Ceste), responsável pela obra, é formado pelas empresas Vale, Acoa Alumínio, Billiton Metais (BHP), Camargo Corrêa Energia, e Tractebel. A hidrelétrica com potência de 1.087 MW, se construída, vai formar um lago de 555 km2, e inundará uma área de 400 km².