MST e MPA ocupam área da Aracruz

Cerca de 300 agricultores, assentados e Sem Terra ocuparam na manhã desta quart-feira uma área da Aracruz, no 5º distrito de Canguçu, no Rio Grande do Sul. O protesto denuncia o modelo do agronegócio na região baseado na monocultura de eucalipto, pínus e acácia, que está dissolvendo as comunidades, levando os camponeses para a cidade e prejudicando o meio ambiente. Os
manifestantes integram o MST e o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores).

Parte das famílias que participam do protesto deve permanecer acampada em uma área de assentamento, na localidade de Armada, 5º distrito. Segundo os coordenadores dos movimentos, um acampamento nesta região é de extrema importância para a conquista de novas áreas, por se localizar em um município com grande número de pequenas propriedades e por ser um dos locais em que as multinacionais da celulose estão adquirindo grandes extensões de terra.

As atividades devem culminar em um encontro na quinta-feira (22/05), quando cerca de 800 participantes devem debater temas referentes ao modelo do agronegócio e o modelo de agricultura camponesa, proposto e defendido pelos dois movimentos.

O evento, chamado de Concentração da Reforma Agrária, ocorre no local do novo acampamento, com início às 9h, e conta com a presença de assentados, Sem Terra, pequenos agricultores, entidades apoiadoras, representante do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e comunidade.