ARCI presta solidariedade a luta do MST
Roma, 28 de abril de 2008.
Estimados companheiros e companheiras do MST
Há vários anos que ARCI – Associação Recreativa Cultural Italiana é parceira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra do Brasil, seja na realização de projetos de desenvolvimento seja, sobretudo, no Fórum Social Mundial em oposição a uma globalização selvagem e lesiva dos direitos dos povos e nos vê ao lado nas intervenções diretas para alcançarmos “Um outro Mundo é possível”. Sempre seguimos com atenção os acontecimentos que pontualmente que afetam as camadas mais débeis da população brasileira e em particular os trabalhadores sem terra que se debatem para ter reconhecido o seu direito a trabalhar a terra e a tirá-la do jogo dos latifundiários e das multinacionais.
Permanecemos desconcertados como apesar da presença de um governo federal comandado pelo PT, e à presidência um Lula que obteve, mesmo com as devidas críticas, de novo o apoio das camadas mais despossuídas da população e também do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, continuam a permanecer impunes ações violentas de alguns latifundiários ou das grandes multinacionais que com o seu dinheiro conseguem ditar leis em um país grande e rico como o Brasil.
Indigna-nos como apesar da clareza dos fatos, seja o Movimento Sem Terra, a ser descrito como violento e não ter reconhecido o direito a manifestar a própria contrariedade a respeito da escolha aceleradas que se estão levando a cabo, sobretudo no nordeste do estado e em particular na área compreendida entre os estados do Pará, do Maranhão e do Tiradentes, apesar da consciência dos danos que estas acarretam ao patrimônio natural e cultural dos mesmos.
Havendo começado há tempo diversas iniciativas de conhecimento e troca cultural, de modo particular com o MST do Maranhão, conhecemos bem e nós mesmos conseguimos verificar a política da companhia Vale do Rio Doce e os danos dessa que recaem sobre o meio ambiente e ás populações que residem junto a seus estabelecimentos.
Reafirmamos então, como em outras ocasiões, nosso pleno apoio às demanda do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra como aos outros movimentos populares que continuam a lutar por uma mais vida digna e respeitosa dos próprios direitos dos cidadãos. Nós exigimos então, com força, á classe política do Estado do Pará e ao Governo Federal que coloquem limites ao poder paralelo das multinacionais que operam no Brasil e, sobretudo, á companhia Vale do Rio Doce agora fora de qualquer controle do tipo judiciário e livre para obter aquilo que lhe apraz graças mesmo ao uso da violência e graças à conivência de políticos e juizes corruptos.
A Direção Nacional de ARCI