Grito dos Excluídos inicia Jornada Pelo Direito à Cidade no DF

Nos últimos 14 anos, o dia 7 de setembro vem sendo marcado por mobilizações e protestos em todo Brasil. É o Grito dos/as Excluídos/as, conjunto de atividades que denunciam estruturas de exclusão provocadas pelo sistema em que vivemos. Em 2008, o tema do Grito é Vida em Primeiro Lugar: Por Direitos Sociais e Participação Popular.

No Distrito Federal, a partir das 7h, na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto, entidades da sociedade civil e movimentos sociais darão início à Jornada de Lutas Pelo Direito à Cidade, com um ato em favor da vida digna, da sociedade igualitária, fraterna e contra toda política de exclusão promovida pelos governos, patrões, empresários e elites do Distrito Federal.

O ato, que se realizará por toda a manhã – com panfletagem, manifestações artísticas, debates e intervenções – é a primeira atividade da Jornada de Lutas, que acontece até o final de outubro em todo o DF.

Os movimentos denunciam que o governo Arruda continua implantando seu projeto de exclusão e de apoio à elite, à burguesia e aos empresários do DF e do Brasil. Iniciativas como o PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial – as grandes obras e os projetos da construção de setores como o Noroeste, encobrem um processo progressivo de exclusão social. A população pobre é jogada para longe do centro, o cerrado é devastado, as desigualdades aumentam e a riqueza permanece concentrada.

“O crescimento da terceirização, a privatização de empresas públicas, a destruição da saúde, educação e demais serviços públicos agravam a exclusão da população pobre, que sofre com o desemprego e a inexistência de cobertura do Estado na maioria das cidades satélites. Além de não fornecer as condições de vida digna, o governo reprime, com força policial, os grupos que ousam se revoltar contra essa situação”, afirma Francisco Carneiro De Filippo, da Assembléia Popular do DF.

“No âmbito do governo federal, a equipe econômica cobra mais recursos para a saúde, habitação, educação reforma agrária e urbana para dar continuidade à política de altos juros e de manutenção de elevado superávit primário. Essa lógica perversa atenta contra os interesses do país, criando um ciclo vicioso e aumentando a dívida pública”, completa.

Saiba mais sobre o Grito dos Excluídos em http://www.gritodosexcluidos.org/