Assentados são ameaçados pelo tráfico de drogas no Paraná
Nesta quarta-feira, cerca de 500 trabalhadores do MST realizam uma mobilização no pedágio de São Miguel do Iguaçu, na região oeste do Paraná, para denunciar a impunidade do tráfico de drogas, que há mais de um ano vem amedrontando e ameaçando as 80 famílias do assentamento Antonio Tavares.
A partir das 17h30, será realizada uma audiência no Fórum de Foz do Iguaçu, que irá definir a situação dos assentados que colaboraram com o tráfico e foram afastados do assentamento. As famílias esperam que a Justiça não permita o retorno dos envolvidos com o crime aos lotes, o que aumentaria a insegurança dos trabalhadores que vivem no local.
Caso estas pessoas retornem ao assentamento as outras famílias afirmam que o local pode voltar a ser usado por traficantes da região, pois a apreensão de drogas, realizada pela Polícia Federal no assentamento, em 1° de setembro de 2007, não soluciou totalmente a questão e ninguém foi preso até o momento.
A área que faz divisa com o lago de Itaipú estava sendo usada pelos traficantes, que aliciaram alguns assentados e parentes a estocar maconha no local.
O MST é contra esse tipo de prática nos assentamentos que tem a função de produzir alimentos para o auto-sustento das famílias assentadas e o abastecimento do mercado local. Os assentados esperam que a Justiça puna os envolvidos no crime, e que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) tome as medidas necessárias para expulsar do assentamento as pessoas que colaboraram com o trágico de drogas.