Reforma Agrária é bandeira central
O secretário Nacional de Movimentos Sociais do PT, Renato Simões, acredita que as manifestações contra a crise, realizadas no dia 30/3, marcam a retomada de um processo de lutas dos trabalhadores. Segundo ele, a Reforma Agrária é uma resposta à crise econômica mundial.
“A reforma agrária é central neste contexto, que é favorável por vários fatores: a crise do agronegócio e das monoculturas voltadas para a exportação, o barateamento do preço da terra nestas áreas e a crise social que se abate sobre os trabalhadores rurais em várias partes do país”, afirma.
Leia a seguir a entrevista do dirigente do PT.
Qual a importância de um ato unitário em defesa dos trabalhadores em defesa da crise?
O ato do dia 30 marca uma retomada da luta social unitária num contexto adverso, de crise internacional do capital, que em todo o mundo ameaça os direitos sociais, econômicos e culturais das classes trabalhadoras.
Podemos esperar mais lutas no próximo período?
Com certeza, será o início de uma série de lutas que poderão unificar o campo democrático-popular pelas reivindicações dos movimentos sociais brasileiros e latino-americanos, aproveitando as oportunidades criadas pela crise para o desmonte das políticas neoliberais que a geraram e o avanço de um projeto transformador de nossas sociedades.
Como fica a bandeira da reforma agrária nesse quadro?
A Reforma Agrária é central neste contexto, que é favorável por vários fatores: a crise do agronegócio e das monoculturas voltadas para a exportação, o barateamento do preço da terra nestas áreas e a crise social que se abate sobre os trabalhadores rurais em várias partes do país.
Qual o papel da Reforma Agrária?
Ela deve ser vista como uma resposta à crise econômica, social e política deste modelo perverso, e deve estar articulada com novas conquistas para a arrecadação e a desapropriação de terras, viabilização econômica dos assentamentos e da agricultura familiar e ampliação dos direitos sociais no campo.