PM fecha o cerco contra acampados no interior de São Paulo

Nesta segunda-feira, o acampamento Alexandra Kollontai foi cercado pelo Batalhão da Polícia Militar, que foi enviado para cumprir o pedido de reintegração de posse da Fazenda Martinópolis, no município de Serrana, em Ribeirão Preto (SP). A área estava ocupada pelo MST desde o último dia 11 de junho por 45 famílias.

Nesta segunda-feira, o acampamento Alexandra Kollontai foi cercado pelo Batalhão da Polícia Militar, que foi enviado para cumprir o pedido de reintegração de posse da Fazenda Martinópolis, no município de Serrana, em Ribeirão Preto (SP). A área estava ocupada pelo MST desde o último dia 11 de junho por 45 famílias.

A Polícia Militar ainda tentou bloquear o acesso da imprensa local, que tentava conversar com representantes dos Sem Terra e foi impedida. Junto da polícia, estavam os seguranças da usina sucroalcooleira Nova União, que também se destaca pelo plantio extensivo de cana de açúcar em suas terras.

A fazenda foi arrematada pelo Governo do Estado por adjudicação fiscal durante o período de 1991 a 2002 e não foi destinada para a Reforma Agrária, conforme o processo 7863/86 que se encontra na 1° Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ribeirão Preto. Sendo assim, a área já esteve nas mãos do Governo do Estado como parte do pagamento de dívidas, no entanto a situação segue pendente até os dias de hoje.

Os Sem Terra foram obrigados a deixar o local sem garantias por parte dos responsáveis em realizar a Reforma Agrária no estado de São Paulo, seja o ITESP (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) ou o Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária). Além disso, os acampados não foram cadastrados, o que costuma ser de praxe, pois o Itesp alegou problemas logísticos.