Novas regras para canaviais são propostas pelo governo
Da Radioagência NP
De olho no mercado e na Conferência de Copenhague, onde vários países irão debater sobre um acordo de mudanças climáticas, o Brasil tenta suavizar a destruição da Amazônia e do Cerrado, hoje já invadidos pela pecuária, canaviais e barragens. O governo pretende impedir que novas plantações de cana-de-açúcar sejam feitas em terras de vegetação nativa. Em mais de 80% do território da nação, será proibido o cultivo de canaviais.
Da Radioagência NP
De olho no mercado e na Conferência de Copenhague, onde vários países irão debater sobre um acordo de mudanças climáticas, o Brasil tenta suavizar a destruição da Amazônia e do Cerrado, hoje já invadidos pela pecuária, canaviais e barragens. O governo pretende impedir que novas plantações de cana-de-açúcar sejam feitas em terras de vegetação nativa. Em mais de 80% do território da nação, será proibido o cultivo de canaviais.
Hoje, o país tem 7,8 milhões de hectares com o plantio da cana-de-açúcar. Para alcançar a meta de dobrar esta produção até 2017, o governo planeja que áreas onde hoje são feitos pastos sirvam para a plantação de cana.
A medida ainda tenta resolver os problemas relacionados à colheita do plantio. Agora, ela seria obrigatoriamente mecanizada. As queimadas, fontes de poluição e de riscos à vida dos trabalhadores rurais, serão proibidas.
O projeto é polêmico – as multas para quem expandir a plantação em área de vegetação nativa pode chegar a R$ 50 milhões. Além disso, a proposta não deixa transparecer que as áreas desapropriadas serão usadas para assentamentos de famílias sem-terra. A medida ainda precisa dos votos favoráveis de deputados e senadores.