No Brasil, sociedade civil se manifesta em defesa do povo hondurenho
A volta do presidente eleito Manuel Zelaya a Honduras nesta segunda-feira (21/9) revelou, mais uma vez, a verdadeira face do governo golpista daquele país.
Nesta manhã, autoridades policiais e o exército despejaram violentamente os manifestantes que estavam em frente à embaixada brasileira, onde se encontra Zelaya. Com bombas de gás lacrimogêneo, os militares dispersaram a multidão. Várias pessoas ficaram feridas, outras estão detidas e há informações de que o conflito já provocou, pelo menos, duas mortes.
A capital Tegucigalpa está sitiada pelos militares, que tentam impedir que as marchas saídas de várias regiões do país cheguem à capital. A comunicação também foi bloqueada pelo governo. Os sinais de transimssão de uma rádio e um canal de TV estão fora do ar, e a população não tem acesso a informações sobre os fatos ocorridos.
O presidente eleito clamou para que as forças armadas parem a repressão e “não apontem seus fusis contra o povo”, e afirmou que ainda está em tempo de se chegar a uma solução pacífica para a crise política em Honduras.
Em solidariedade ao povo hondurenho, movimentos sociais e entidades da sociedade civil brasileiros realizam um ato nesta quarta-feira (23/9), às 14h, em frente ao Consulado de Honduras em São Paulo (Rua da Consolação, 3.741, Cerqueira César).
Zelaya voltou de surpresa ao seu país nesta segunda-feira (21/9), com o propósito de iniciar um diálogo que encerre a crise instalada após o golpe. No dia 28 de junho, ele foi obrigado por militares a deixar o país, ainda de pijamas, e sob a mira de uma arma.
Mobilizações também no Rio e em Brasília
Parlamentares brasileiros de vários partidos, entre senadores e deputados, juntamente com militantes e organizações da sociedade civil, irão à Embaixada de Honduras em Brasília (DF), na manhã desta quarta-feira (23/9), para tmabém manifestar repúdio ao governo golpista do país.
Na terça-feira, o Plenário da Câmara aprovou moção de repúdio ao gesto do governo de Honduras de cortar água, luz e telefone e de impor um cerco militar contra a embaixada brasileira.
A chegada dos parlamentares à sede da embaixada, que fica localizada no Lago Sul (QI 19, Conj. 7, casa 34), está prevista para 11h30.
No Rio de Janeiro, um protesto pelo fim da repressão e do golpe em Honduras acontece também nesta quarta-feira, às 14h, em frente ao prédio do Consulado de Honduras no Rio de Janeiro (Av. N. S. de Copacabana, 1183).
Participam do ato carioca: Via Campesina, ANEL, Associação Americana de Juristas, Associação Cultural José Marti, Casa da América Latina, CECAC – Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho, CMP, Comitê da Palestina, Conlutas, Consulta Popular, IDDH, Intersindical, Intersindical, Jubileu Sul Brasil, Morena – Círculos Bolivarianos, MST – Movimento dos Trabalhadores sem Terra, MTD, Núcleo Socialista de Campo Grande, PACS, PCB, PSOL, PSTU, UJC.
Com informações do Vermelho e do portal do CDHM