“Vivemos não a crise do MST, mas a do capital financeiro”

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), fez palestra nesta quarta-feira (21/10), em Curitiba, para 41 oficiais alunos e instrutores da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme). Na atividade, Requião fez um balanço das causas da crise econômica global, apresentou medidas implantadas pelo Governo do estado e debateu com os militares assuntos como o discurso único da grande mídia brasileira e o MST.

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), fez palestra nesta quarta-feira (21/10), em Curitiba, para 41 oficiais alunos e instrutores da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme). Na atividade, Requião fez um balanço das causas da crise econômica global, apresentou medidas implantadas pelo Governo do estado e debateu com os militares assuntos como o discurso único da grande mídia brasileira e o MST.

“Sem noção clara do contexto global, dificilmente podemos tomar medidas efetivas para desenvolver o Estado e o país. Vivemos uma crise econômica sem precedentes, causada pelo capital vadio, pelos mercados financeiros, embora não seja essa a opinião da grande mídia”, falou o governador, na abertura da palestra, no auditório Mário Lobo, Palácio das Araucárias, em Curitiba.

Sobre o MST, Requião disse ser impossível haver harmonia social enquanto forem mantidas as desigualdades no país. “Celso Furtado considerava o MST o movimento social mais importante da história do Brasil. Num país em que governo compra o banco do Antonio Ermírio de Moares e não baixa os juros mesmo numa crise como essa, um movimento social de pessoas do campo é importante”, apontou.

O governador afirmou, ainda, que o modelo do agronegócio é “uma armadilha” para o campo. “Monocultura não é algo bom. Boa é a proliferação dos cultivares variados. Precisamos ter soberania a respeito disso, produzir o que o povo coma. Produzimos muitos grãos, e o povo passa fome. A base da economia, hoje, está no aviltamento da mão de obra barata e na venda de commodities. Temos que mudar isso. Vivemos não a crise do MST, mas a do capital financeiro”, completou.

Com informações da Agência de Notícias do estado do Paraná