Governo é contra criminalização dos movimentos, diz Dilma

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem, em São Paulo, que o governo é contra a "criminalização" dos movimentos sociais e do MST. "Nós aceitamos e mantemos um diálogo com os movimentos sociais. O governo não é a favor de nenhum ato ilegal. Sabemos que uma prática de anos foi tratar como caso de polícia movimentos sociais. Isso não significa que seremos complacentes, mas não concordamos com essa tradição conservadora do país de tratar movimento social como caso de polícia".

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem, em São Paulo, que o governo é contra a “criminalização” dos movimentos sociais e do MST. “Nós aceitamos e mantemos um diálogo com os movimentos sociais. O governo não é a favor de nenhum ato ilegal. Sabemos que uma prática de anos foi tratar como caso de polícia movimentos sociais. Isso não significa que seremos complacentes, mas não concordamos com essa tradição conservadora do país de tratar movimento social como caso de polícia”.

A ministra afirmou que respeita a autonomia dos movimentos sociais, depois de participação no 2º Colóquio do PT com os movimentos sociais. “Governo é governo, movimento social é movimento social. Eu sou do governo e respeito todos os movimentos sociais”.

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que o partido não deixará a CPI do MST virar “palco eleitoral” da oposição. “A CPI é um movimento político da oposição para tentar criar constrangimento político para o governo”, disse, ao final do encontro do partido com movimentos sociais no domingo.

Segundo ele, o PT trabalhará na comissão para investigar a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, ligada ao DEM. “Os democratas têm uma base no setor ultraconservador do meio rural e interesse em criar esse tipo de confusão no ano eleitoral”, afirmou.

O integrante da coordenação nacional do MST Joao Paulo Rodrigues, que participou de uma mesa no colóquio no sábado, afirmou que “infelizmente, o governo o Lula não vai ter em seu legado a realização da Reforma Agrária”.

“Participamos desse encontro porque queremos fazer uma discussão com todos os partidos de esquerda sobre os desafios do país e a necessidade de um projeto popular, que faça mudanças estruturais que resolvam os problemas do povo com trabalho, educação, saúde, moradia e Reforma Agrária”, afirmou.

(Com informações de Folha de S. Paulo e Correio Braziliense)