Movimentos populares de Alagoas se organizam para o Dia Internacional dos Direitos Humanos
[img_assist|nid=8785|title=|desc=|link=none|align=left|width=430|height=640]Desde 1948, dia 10 de dezembro é o Dia Internacional de Direitos Humanos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no período do pós-Guerra, afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Para alertar sobre o descumprimento destes preceitos e exigir sua universalização, movimentos populares de Alagoas realizam na manhã desta quinta-feira ações em todo o Estado.
Na Prefeitura Municipal de Maceió, em Jaraguá, a partir das 9h da manhã, estarão concentrados os movimentos urbanos. O ato traz a denúncia da falta de assistência básica de saúde, educação, alimentação e outros direitos em várias localidades da cidade. Irá, ainda, relembrar a Ação Civil Pública vitoriosa impetrada pelas comunidades da Orla Lagunar e Ministérios Públicos local e federal contra o descaso do Prefeito Cícero Almeida àquelas comunidades.
Nas cidades do interior, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) relembra a passagem do Dia Internacional de Direitos Humanos. Em Arapiraca (aproximadamente 125 km da Capital), os trabalhadores rurais farão uma vigília no Fórum, na Sede do Governo Municipal, relembrando vítimas dos conflitos do campo, como Luciano Alves, o Grilo, assassinado em Girau do Ponciano há cinco anos. Outra vigília rememorando conflitos rurais acontece em Flexeiras (cerca de 60 km de Maceió) em frente ao Fórum da cidade.
No Alto Sertão, município de Olho D’Água do Casado (a 261 km da Capital), está prevista uma panfletagem na Câmara Municipal, abordando a violência no campo e um pedágio no trevo da AL 220. No Litoral Norte, haverá um ato no município de Paripueira (36 km de Maceió) em frente ao Fórum. Em Maragogi (cerca de 131 km de Maceió), às 9h30 trabalhadores rurais acenderão velas na praça Bom Jesus em memória das vítimas do latifúndio.
No Brasil, ainda sofremos as conseqüências de mais de uma década do pensamento Neoliberal à frente dos governos. Essa doutrina recomendada pelos organismos financeiros internacionais (FMI e Banco Mundial) resultou num desmonte do Estado, que deixou de assegurar direitos fundamentais, em nome da iniciativa privada.