Assentados protestam por educação e transporte no Paraná
[img_assist|nid=9022|title=Sem Terra se reúnem com prefeito de Jardim Alegre|desc=|link=none|align=left|width=640|height=433]Cerca de 400 integrantes do MST acamparam, nesta segunda-feira (1/2), em frente à prefeitura de Jardim Alegre, na região central do Paraná. Vindos do assentamento 8 de Abril (antiga fazenda Sete Mil), naquela região, os manifestantes reivindicam melhorias na educação e transporte.
De acordo com os Sem Terra, problemas nas estradas que ligam o assentamento às escolas fizeram com que cerca de 800 estudantes assentados perdessem muitas aulas ao longo do ano passado. Os assentados do 8 de Abril compõem cerca de 40% de toda a população da cidade, mais de 14 mil habitantes.
Com bandeiras e faixas, os manifestantes protestavam para se prevenir de problemas enfrentados no passado. “Como as aulas estão prestes a começar, não queremos que os assentados que estão matriculados tanto no colégio Estadual Rural José Ruan Marti quanto na Escola Municipal José Clarimundo Filho fiquem, novamente, sem aulas por causa do acesso a essas escolas”, diz Valdemar Batista da Silva, da coordenação do movimento no estado.
Por falta de acessibilidade, Silva conta que os alunos têm que andar cinco quilômetros para pegar uma condução que os leva até os locais de aula. “É inadmissível. Os alunos tinham que acordar de madrugada para dar tempo de caminhar esses cinco quilômetros e ainda andar outros 25 de ônibus até chegar ao colégio. Como as estradas estão ruins, muitos estudantes não conseguiam chegar a tempo, por isso perdem muitas aulas”, conta.
Durante a tarde desta segunda, os manifestantes foram recebidos pelo prefeito de Jardim Alegre, José Martins de Oliveira (PTB). De acordo com ele, “a prefeitura vai tentar atender, na medida do possível, as reivindicações dos manifestantes”, disse. O prefeito não soube informar em quanto tempo as obras ficariam prontas. As negociações entre as duas partes continuam nesta terça.
(Com informações do Paraná Online)