Ruralistas fazem mais uma vítima no Pará
O coordenador de Políticas Agrárias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Pará (Fetraf), Pedro Alcântara, foi covardemente assassinado na última quarta-feira (31/3), alvejado com cinco tiros no município de Redenção, no sul do estado, quando caminhava com a esposa pela cidade.
Segundo testemunhas, Pedro foi executado numa emboscada por dois pistoleiros de moto, que fugiram após os disparos.
A vítima chegou a relatar ao fórum de direitos humanos que há um mês vinha sofrendo ameaças de fazendeiros. Atualmente, Pedro Alcântara não estava na coordenação de nenhum grupo de ocupação.
A Polícia Civil já iniciou as investigações sobre a morte de Alcântara em conjunto com as equipes a Superintendência Regional do Araguaia Paraense e da DECA (Delegacia de Conflitos Agrários).
Em nota, a Central única dos Trabalhadores afirmou que Pedro é mais uma vítima da impunidade à violência que ainda domina o campo brasileiro.
“Não podemos mais aceitar que nossos trabalhadores e trabalhadoras que lutam pela reforma agrária e pelo fortalecimento da agricultura familiar, continuem a ser criminalizados e covardemente executados por pessoas que querem impedir o desenvolvimento de nosso país. Não é possível que o Judiciário brasileiro ainda permita que esses crimes continuem impunes”.
Estadão: cúmulo do colonialismo da mídia burguesa brasileira
A notícia repercutiu parcialmente nas televisões e nos jornais da região. Já o jornal O Estado de São Paulo calou-se, afinal seus amigos ruralistas haviam cometido mais um crime. Neste domingo (4/4),
o jornal teve que noticiar. E noticiou como? Que o jornal New York times havia noticiado… leia abaixo a nota divulgada pelo jornal.
Líder sem-terra é assassinado no Pará
A policia Civil do Pará informou que Pedro Alcântara de Souza, coordenador de políticas agrárias da Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar, foi morto a tiros na noite da última quarta-feira. O assassinato repercutiu no jornal The New York Times, que em reportagem da Associated Press relembrou o caso da missionária Dorothy Stang.