Em Campos dos Goytacazes (RJ), camponeses reivindicam investimentos em assentamentos

Na manhã desta sexta-feira (16/4), mais de 200 famílias Sem Terra se mobilizaram em frente à prefeitura de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. As famílias, vindas de assentamentos da região, exigiram o cumprimento das políticas públicas referentes à Reforma Agrária, como escolas para o meio rural, infra-estrutura para os assentamentos, luz, transporte escolar, e compra de alimentos produzidos nos assentamentos para a merenda escolar.

Na manhã desta sexta-feira (16/4), mais de 200 famílias Sem Terra se mobilizaram em frente à prefeitura de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. As famílias, vindas de assentamentos da região, exigiram o cumprimento das políticas públicas referentes à Reforma Agrária, como escolas para o meio rural, infra-estrutura para os assentamentos, luz, transporte escolar, e compra de alimentos produzidos nos assentamentos para a merenda escolar.

Além da prefeitura, as famílias marcharam em direção à Secretaria de Educação e ainda, na AMPLA – empresa responsável pelo Projeto Luz para Todos no município, para pedir a infra-estrutura básica para as comunidades rurais, como saneamento, estradas, escolas, saúde, pautas penduradas pelos órgãos públicos há muito tempo.

À tarde, foi realizada uma Audiência Pública sobre Trabalho Escravo, na Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes A audiência é uma iniciativa do Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL), Presidente da Comissão de direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), em conjunto com o MST, a CPT e o Comitê Popular pela Erradicação do Trabalho Escravo.

Em 2009, o estado do Rio de Janeiro foi campeão no resgate de trabalhadores em condições análogas ao escravo, alcançando o número de 715 trabalhadores, num total de 16,7% dos registros totais no Brasil – 4.274 trabalhadores.

O Grupo J. Pessoa, do tradicional usineiro José Pessoa Queiroz Bisneto, se superou no quesito reincidência em escravidão contemporânea. O flagrante ocorrido no final do ano passado no corte de cana-de-açúcar em área da Agrisul Agrícola – braço da companhia responsável pela produção rural – em Campos dos Goytacazes (RJ) foi a quarta libertação de trabalho escravo em apenas dois anos, no país.

Participaram da Audiência mais de 300 trabalhadores Sem Terra e cortadores de cana.

As atividades fizeram parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, que acontece até o final deste mês de abril, em todo o Brasil.