No Pará, MST expõe pauta de negociação com o Incra

Nós trabalhadores e trabalhadoras rurais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Pará vimos denunciar a forma como o superintendente do Incra, Sr. Elielson Pereira da Silva, vem tratando as famílias que estão acampadas, desde o dia 19 de abril de 2010, na sede da Superintendência Regional do INCRA-SR 01, para reivindicar seus direitos garantidos pela constituição.

Nós trabalhadores e trabalhadoras rurais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Pará vimos denunciar a forma como o superintendente do Incra, Sr. Elielson Pereira da Silva, vem tratando as famílias que estão acampadas, desde o dia 19 de abril de 2010, na sede da Superintendência Regional do INCRA-SR 01, para reivindicar seus direitos garantidos pela constituição.

Nossa pauta, em que há demandas de mais de cinco anos, foi apresentada na reunião com o superintendente e foi protocolada, mas não conseguimos avançar na negociação devido à morosidade e à forma preconceituosa com que este senhor trata as famílias do MST.

Nestes últimos anos foram realizadas várias reuniões com este órgão, trouxemos nossa pauta preparada, porém não conseguimos avançar no que diz respeito, por exemplo, à questão fundiária, licenciamento ambiental, infraestrutura, prestação de serviços, produção agrícola.

Queremos afirmar que:

1- Sempre tivemos dispostos a negociar, pois as mais de oitocentas famílias oriundas das regiões norte e nordeste do estado vem a Belém sempre que preciso para que a Reforma Agrária avance e para que se cumpra a atualização dos índices de produtividade(defasados desde 1975), que é medida administrativa prevista na Lei Agrária de 1993 e a ampliação do orçamento do Incra para desapropriação;

2- O espaço do INCRA SR 01 sempre esteve acessível para todos, está conservado e não impedimos seu acesso;

3- As declarações do sr. Superintendente de que estamos impedindo o acesso ao órgão e depredando suas dependências são infundadas e visam criminalizar os trabalhadores e trabalhadoras que também constroem este órgão para atender aos interesses das famílias do campo;

4- Continuamos em negociação com esta superintendência para retomada da reunião e continuação da discussão de nossa pauta hoje (23/4) às 14h30;

5- Nossa relação é de diálogo e respeito com os funcionários desta autarquia;

6- Nossa jornada de lutas pela Reforma Agrária é nacional, mantém as sedes do INCRA ocupadas em diversos estados e cobra do governo federal os compromissos assumidos em agosto de 2009;

7- Continuaremos mobilizados para que a pauta da Reforma Agrária seja prioridade e o povo brasileiro avance na conquista de direitos e dignidade;

MST PARÁ
Belém, 23 de abril de 2010.

“Reforma Agrária, Por Justiça Social e Soberania Popular”!