Na Alemanha, empresas de alimentos recusam batatas transgênicas
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Do Der Spiegel
A pressão pública levou várias das maiores fabricantes de batatas fritas da Alemanha a dizer que evitariam usar batatas GM - mesmo que elas sejam aprovadas para consumo humano.
Segundo os resultados de uma pesquisa divulgada este mês pela filial alemã da organização ambientalista Greenpeace, várias gigantes de salgadinhos e fast food como Burger King, McDonald's, a cadeia de comida marinha alemã Nordsee e a fabricante de salgadinhos Lorenz Snack-World disseram que não usariam batatas GM - pelo menos por enquanto.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Do Der Spiegel
A pressão pública levou várias das maiores fabricantes de batatas fritas da Alemanha a dizer que evitariam usar batatas GM – mesmo que elas sejam aprovadas para consumo humano.
Segundo os resultados de uma pesquisa divulgada este mês pela filial alemã da organização ambientalista Greenpeace, várias gigantes de salgadinhos e fast food como Burger King, McDonald’s, a cadeia de comida marinha alemã Nordsee e a fabricante de salgadinhos Lorenz Snack-World disseram que não usariam batatas GM – pelo menos por enquanto.
Várias disseram temer que a imagem pública de suas empresas sejam prejudicadas e, segundo alguns, o uso de batatas GM faria aumentar os custos do controle de qualidade.
Muitas vezes citadas como “alimentos Frankenstein”, as colheitas geneticamente modificadas foram frequentemente alvo de preocupação do público e de grupos ambientalistas na Europa. Manifestaram-se temores sobre as colheitas GM contaminarem e danificarem os ecossistemas locais. Em particular, a gigante química alemã Basf, com sua marca de batatas Amflora, foi criticada por sua resistência aos antibióticos.
Uma nova batata
Em março, a Comissão Europeia aprovou o cultivo da batata Amflora para usos industriais – como produção de papel e ração animal. A decisão de 2 de março marcou a primeira aprovação pela Comissão de uma planta geneticamente modificada desde 1998. Embora o governo alemão da chanceler conservadora Angela Merkel tenha dito que não pretende aprovar a colheita para uso em ração animal, esse uso recebeu a bênção de Bruxelas.
“Essa tecnologia inovadora ajuda a otimizar o processo de produção e a economizar matérias-primas, energia, água e substâncias químicas baseadas no petróleo”, afirmou a Comissão quando aprovou a batata no início de março.
Desde então as autoridades da indústria alemã Basf disseram que vão buscar a aprovação da UE para fabricar dois outros tipos de batatas geneticamente modificadas. Uma delas, a Fortuna, seria produzida para consumo humano em salgadinhos e batatas fritas.
Consumidores não estão prontos
Oito das dez companhias alimentícias pesquisadas pelo Greenpeace, porém, indicaram que não pretendem usar batatas GM no futuro, e a metade das empresas se disse contra o cultivo de batatas GM para consumo humano.
Aumentando o caso contra a Fortuna, a Associação Alemã da Indústria de Processamento de Frutas, Legumes e Batatas (BOGK) não vê necessidade de autorizar a batata GM porque os consumidores não estão dispostos a “aceitar produtos geneticamente modificados em alimentos ou em ração (animal)”.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves