Camponeses ocupam Incra e cobram melhorias em Alagoas

Da Comunicação CPT Alagoas

Nesta quinta-feira (27.05), cerca de 100 trabalhadores rurais oriundos do litoral norte que recebem o apoio da Comissão Pastoral da Terra em Alagoas ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para exigir as melhorias nas áreas e cobrar maior comprometimento do órgão federal, que há cinco anos não faz a desapropriação de imóveis na região.

Da Comunicação CPT Alagoas

Nesta quinta-feira (27.05), cerca de 100 trabalhadores rurais oriundos do litoral norte que recebem o apoio da Comissão Pastoral da Terra em Alagoas ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para exigir as melhorias nas áreas e cobrar maior comprometimento do órgão federal, que há cinco anos não faz a desapropriação de imóveis na região.

A pauta da reunião é extensa e os problemas também: os camponeses estão insatisfeitos com o descaso e cobram soluções urgentes para as reivindicações que se arrastam por muito tempo.

No acampamento Tauar (Japaratinga), as famílias estão no local há cinco anos, o Incra indicou as terras, mas até agora não foi realizada a titulação e não existe o acesso aos créditos fundiários.

Já o acampamento Bom Destino que está em área improdutiva teve o processo arquivado a partir de um acordo judicial, mesmo a equipe técnica e o setor jurídico ressaltando a improdutividade do imóvel.

Para os coordenadores da pastoral social, o arquivamento do processo do acampamento deve-se a ingerência política executada sobre a direção do Incra.

Outros problemas também estão ocorrendo nas áreas reconhecidas da reforma agrária, onde não foi executada a topografia nos assentamentos Margarida Maria Alves, Irmã Dorothy Stang e Quilombo dos Palmares.

Em Margarida Maria Alves, existe o recurso financeiro depositado na conta do órgão federal há dois anos para efetivar a construção das casas; em Irmã Dorothy as casas já foram construídas, mas a demarcação dos lotes não foi efetivada.

E ainda falta determinar a licença ambiental do assentamento Quilombo dos Palmares, que precisa do aval do Instituto do Meio Ambiente.

Além disso, a eletricidade disponível nas áreas não corresponde às reais necessidades dos camponeses que precisam utilizar a energia trifásica, que garantirá o uso da irrigação nas lavouras.

A construção das estradas de acesso aos assentamentos não foi efetivada e, com o período de chuvas, os camponeses ficam ilhados e têm dificuldade de escoar a produção agrícola.

Por isso, cobram que se resolva a situação das novas áreas (reocupações) no litoral como: Domingas, Porto de Ostras, Mata Redonda, Piabas, 100 hectares (Jubileu 2000), Santa Cecília.