Acampamento é ameaçado de despejo pela polícia em Alagoas

Da Comunicação CPT Cerca de 200 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), e também, do Gerenciamento de Crises da Polícia Militar chegaram pela manhã no acampamento Flor do Bosque II, distante 15 km da cidade de Messias na zona da mata alagoana. Os policiais estão cumprindo uma ordem judicial emitida pelo Juiz Ayrton Tenório da Vara Agrária, para efetivar a reintegração de posse do imóvel das terras que foram abandonadas pela usina falida Bititinga, e que atualmente encontra-se explorada pela Usina Santa Clotilde.


Da Comunicação CPT

Cerca de 200 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), e também, do Gerenciamento de Crises da Polícia Militar chegaram pela manhã no acampamento Flor do Bosque II, distante 15 km da cidade de Messias na zona da mata alagoana.

Os policiais estão cumprindo uma ordem judicial emitida pelo Juiz Ayrton Tenório da Vara Agrária, para efetivar a reintegração de posse do imóvel das terras que foram abandonadas pela usina falida Bititinga, e que atualmente encontra-se explorada pela Usina Santa Clotilde.

Há três anos, 17 famílias camponesas que recebem o apoio da Comissão Pastoral da Terra estão vivendo e produzido uma diversidade de alimentos nos 120 hectares.

A área é apontada como uma referência no Estado, porque já existem casas de alvenaria com energia elétrica, as famílias foram distribuídas em lotes de cinco hectares e desde o ano passado existe uma associação que busca melhorar a infra-estrutura e intensificar os cuidados com o meio ambiente, inclusive, conseguiram junto à Prefeitura o transporte para levar as crianças até a escola.

O Ouvidor Agrário Estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-AL), José Carlos Cardoso, tenta a negociação com os proprietários do imóvel, até porque, legalmente as terras não pertencem à Usina Santa Clotilde.

Enquanto isso, as famílias continuarão reivindicando seus direitos e resistirão no local, pois já possuem a infra-estrutura necessária para ser transformado em assentamento e também porque não têm para onde ir.